Federação Catarinense de Motociclismo

ESPECIAL: RIFFEL MOTOCROSS 5ª etapa
"prova Chapecó 90 anos"
Texto: Mariellen Stefani e Gerson Coas - Reportagem FCM - Fotos: Gerson Coas

A pista de motocross fica no meio do traçado usado pelos automóveis

Rodrigues, Todeschini e Treichel na abertura da etapa. (Foto: G.Viero)

A cronometragem eletrônica da FCM foi estreada no Riffel MX

Djohny venceu pelo segundo ano a classe MX1 em Chapecó

Anderson Cidade, dois segundos lugares e a liderança na MX1 e MX2

Os irmãos Milton (1) e Elton Becker (15) largaram na frente na MX2

Menegasso brincou na lama e subiu ao pódio da MX1 e da MX2

Vandrigo repetiu o bom desempenho nas provas de Chapecó

Edson Haley administra a vantagem na liderança geral da MX3

O gaúcho Léo Lopes não perde as provas da região Oeste de SC

Rafael Reis comemorou a sua primeira vitória e a liderança da intermediária

Eliseu (4), Cássio (3), Reis (1), Alan (2) e Xirú (5) no pódio da intermediária

Ramon França teve sua melhor volta quase 13s mais rápida que as dos concorrentes

Samuel Pacheco venceu e abriu 8 pontos de vantagem para Holtmann na 85cc

Maylon ficou em segundo, mas todos os garotos foram cumprimentados

Dalfovo (23), Roratto (10) e Riffel (34) disputaram a liderança da 65cc

Pela terceira vez o Riffel Motocross – Campeonato Catarinense 2007 foi realizado abaixo de chuva. Assim como nas etapas de São José (18/03) e Dona Emma (08/07) a quarta etapa da competição realizada em Chapecó no último dia 26 (agosto) também teve entre seus ingredientes a chuva que colocou as habilidades de cada piloto ainda em mais evidência nos 1.450 metros da pista montada nas dependências do Autódromo Internacional de Chapecó.

A prova “Chapecó 90 Anos”, comemorativa ao aniversário da maior cidade do Oeste catarinense, foi exemplarmente organizada pelo Moto Clube Chapecó. “Tínhamos mais de dois mil ingressos vendidos antecipadamente. Se o mau tempo do final de semana não atrapalhasse, certamente teríamos obtido recorde de público”, disse Júlio Treichel, diretor de marketing do Moto Clube. Entretanto, como lembrou o presidente do clube Ademir Todeschini, apesar dos investimentos terem dobrado e o resultado por conta da chuva ter ficado bem abaixo do esperado, o trabalho foi feito, revelando a dedicação de cada um dos integrantes do Moto Clube Chapecó.

O prefeito João Rodrigues que desde o retorno do Riffel Motocross – Campeonato Catarinense a Chapecó em 2005 sempre foi um dos incentivadores da competição, na abertura da etapa mais uma vez parabenizou a parceria do Automóvel Clube de Chapecó com o Moto Clube, e já deixou o seu apoio para as próximas provas na cidade.

A etapa também marcou a estréia do sistema de cronometragem eletrônica, que não poderia ter vindo em melhor hora, já que devido ao barro causado pela chuva os numerais de identificação dos pilotos ficaram impraticáveis, o que dificultaria a cronometragem manual. Milton “Chumbinho” Becker pelo terceiro ano consecutivo venceu de ponta a ponta a classe MX3, além de também vencer na MX2. Ramon Lima França faturou a nacional, Rafael Reis a intermediária, Samuel Pacheco a 85cc e Gustavo Roratto a classe 65cc. Pela segunda vez seguida a chuva atrapalhou a garotada da 55cc. A bateria foi cancelada ainda na parte da manhã após uma reunião com os pais e a FCM.

 Como foram as baterias mais enlameadas da temporada

 Correndo em Chapecó, Djohny repetiu a vitória de 2006 e conquistou a segunda vitória da carreira na classe MX1. No sábado ele já mostrou que estava rápido, ficando a apenas um milésimo de segundo da melhor marca da tarde, conquistada por Anderson Cidade. No domingo, porém, Djohny foi irrepreensível. Ele largou na frente e ainda na volta inicial Milton “Chumbinho” Becker começou a ameaçá-lo quando caiu e foi obrigado a abandonar a prova, facilitando o caminho para a sua vitória. “Consegui largar bem, abri vantagem e aí usei a cabeça para administrar e chegar a mais uma vitória”, relatou o ganhador. “Gostaria de agradecer aos meus patrocinadores MCR, Megabyte, Motoshop e Amauri Honda pelo suporte que me deram”, concluiu o piloto.

Outro que saiu satisfeito foi Anderson Cidade segundo colocado da MX1 e MX2, que assumiu a liderança das duas principais categorias, já que o até então líder Marron está ausente devido a compromissos no Japão. “Foi um bom resultado. Hoje não consegui terminar em primeiro. Pensei em arriscar para chegar a vitória, mas a prioridade é o campeonato e o segunda colocação me dava uma tranqüilidade maior. Fiquei em segundo nas duas baterias que disputei, mas em ambas assumi a liderança o que é muito bom”, comentou Anderson. “Posso dizer que boa parte do que eu sou hoje no motocross, eu devo ao meu ‘professor’ Chumbo. Ele sempre me ajudou muito em todas as corridas, então disputar com o Chumbo foi extremamente emocionante. Quando vi ele na minha frente nas primeiras voltas da MX2 já sabia que seria difícil porque ele é um grande piloto, muito difícil de ser batido por qualquer piloto do Brasil”, completou o piloto que vem demonstrado a maior evolução nessa temporada.

Os dois pilotos não chegaram a ser ameaçados, enquanto mais atrás a briga por posições era acirrada. Jonathan Menegasso largou em quinto, assumiu a quarta colocação, mas voltou a perdê-la em seguida. Aí, segundo o próprio piloto, Menegasso começou a “brincar no barro” e, surpreendentemente as ultrapassagens aconteceram, terminando na terceira posição. Atrás dele chegaram Vandrigo Fabris, que andou na maior parte da prova em terceiro, e Erivelton Nicoladelli, que largou em sétimo.

Chumbinho venceu duas das três categorias que disputou. Além disso, como já citado, desde que Chapecó voltou a fazer parte do circuito estadual, Chumbo está imbatível na classe MX3. Tanto nessa quanto na MX2 ele largou na frente e não tomou rajadas de barro até aproximar-se dos concorrentes para superá-los em uma volta. “Nem tudo na vida é do jeito a gente quer. Na última bateria, a MX1, larguei mal e cometi um erro. Acabei no chão e com muito tempo de desvantagem aí preferi abandonar. Com chuva é sempre mais complicado, mas a organização está de parabéns”, explicou o piloto.

O líder do campeonato na categoria MX3, Edson da Silva, andou do início ao fim tranqüilo na segunda colocação. O gaúcho Léo Lopes largou em quinto, mas já na segunda volta era terceiro, posição que manteve até a bandeirada. Eliseu Glanert saiu da décima posição para terminar em quarto. Mirko Santos completou o pódio depois de ganhar uma posição.

Na MX2, Anderson Cidade, Elton Becker e Alam Ricardo Prim, mantiveram-se em segundo, terceiro e quarto, respectivamente, do momento da largada até a bandeirada final. Jonathan Menegasso assumiu a quinta posição logo no início e também garantiu seu lugar no pódio.

Vitória incontestável de Rafael Reis na classe intermediária. O piloto largou na frente e segurou a vitória até o final. Alan Ricardo Prim e Cássio de Lima também não tiveram trabalho para terminar a prova na segunda e terceira posição. Depois de largar em décimo Rafael Chavier da Cruz chegou a assumir a quarta colocação, até então dominada por Elizeu Glanert. Faltando duas voltas para o final Glanert retomou sua posição original e Rafael teve que se contentar com o quinto lugar.

Nas demais categorias os duelos foram constantes. Na nacional Otávio Kisch largou na frente, mas já na segunda volta foi superado por Ramon Lima França, que saiu da quarta colocação para vencer a prova. “Vim confiante, mas cheguei em Chapecó e era barro e fazia muito tempo que eu não corria nesse tipo de terreno. Surgiu um certo medo, já que ainda estava com o pulso machucado, mas, mesmo assim mandei todos os pulos no início, porque precisava melhorar minha pontuação no campeonato. Quando consegui chegar em primeiro e abri uma boa vantagem aliviei um pouco. Foi difícil, mas valeu, consegui a vitória, a minha primeira no Catarinense desse ano”, contou Ramon.

Otávio ainda perdeu a segunda posição para Darlan Marcondes da Silva, a terceira para Eduardo Delavi, a quarta para Andrey Marcon e a quinta colocação, que significava o último lugar no pódio, para Robson Gambatto.

Samuel Pacheco venceu a classe 85cc após superar Marcos Holtmann, que competiu com o pé machucado, no salto da chegada. Os dois andaram juntos o tempo todo, mas faltando duas voltas para o final eles se tocaram e Holtmann caiu, perdendo também a segunda colocação para Maylon Dal Lago, que vinha desde o início andando na terceira posição. “Eu fui por fora e acabei batendo na moto dele que fazia a curva pela parte interna”, disse Samuel que, por ser mais velho e maior, levou vantagem na força.

Heitor Daniel Cardoso e Victor Feltz mantiveram as posições da largada e terminaram na quarta e quinta colocação, respectivamente.

Porém, independente da posição obtida, foi geral o cumprimento caloroso dos pais e mecânicos aos seus pilotos, num sincero reconhecimento de que terminar a bateria nas condições que a pista estava naquele momento já era um grande feito.

Entre os garotos da 65cc não foi diferente as dificuldades em relação à pista. Nessa a disputa pela primeira colocação foi entre Halex Dalfovo e Gustavo Roratto. Halex saiu na frente, mas no início da prova perdeu a posição para Roratto e daí em diante aconteceu uma sequência de quedas. A primeira delas de Roratto que de primeiro caiu para a terceira colocação. Porém, tanto Halex como Maurício Treichel, que ocupava a segunda colocação, também caíram e Roratto conseguiu ficar com a vitória. Rodrigo Riffel, que fez uma prova constante, terminou em segundo seguido por Halex, Treichel e Ruan Pablo Reginatto.

O Riffel Motocross 2007 – Campeonato Catarinense é uma realização da Federação Catarinense de Motociclismo – FCM com o patrocínio da Riffel – Coroas e Pinhões, H-Parts, Motoshop, Hess Express, Destak Transportes e MCR.


 
 
 
FCM

Federação Catarinense de Motociclismo

Rua Comandante José Ricardo Nunes, 79
Capoeiras - Florianópolis - SC - 88070-220
Fone: (48) 3248-1950 Fax: 3348-8681
Email: fcm.sec@gmail.com

2001-2019 Todos os direitos reservados - Proibida reprodução do conteúdo sem autorização.