Federação Catarinense de Motociclismo



Etapa do Riffel Motocross em
Chapecó supera expectativas
Gerson Coas / Reportagem FCM
 





Douglas Parise #17 e Cristopher
Castro #10, cat. MX1

Milton "Chumbinho" Becker, cat. MX3

A cidade de Chapecó, no Oeste do Estado, voltou com tudo ao circuito do Campeonato Catarinense de Motocross. Elogios não faltaram à 5ª etapa do Riffel Motocross, realizada no final de semana nas dependências do Autódromo Internacional de Chapecó. Destaque para os pilotos da casa, os garotos Maurício Treichel que desbancou os favoritos e conquistou a sua primeira vitória na 50cc, e Douglas dos Santos que além de ganhar na 65cc, proporcionou uma das empolgantes disputas da tarde ao duelar com Gabriel Gentil na bateria da 85cc, e conseguir a vitória com ultrapassagem na última curva. Também subiram ao ponto mais alto do pódio os pilotos Douglas Parise (MX1), Cristopher "Pipo" Castro (MX2), Milton Becker (MX3), Vanderlei da Silva (nacional) e Vandrigo Fabris (júnior) que manteve os 100% de aproveitamento na temporada.

Falar que a prova desse final de semana em Chapecó foi a melhor da temporada não é exagerar. Não que as quatro anteriores não tenham sido boas, mas é que essa foi excepcional. Foram 15 anos sem provas do estadual na cidade, porém, na opinião de Wanderley Kletemberg, diretor de marketing da Riffel, empresa patrocinadora da competição, a espera compensou. "Estamos muito felizes em voltar a Chapecó depois de tantos anos. Nas conversas com a direção da FCM, essa era sempre uma vontade nossa. E chegando aqui, a gente só tem que ficar ainda mais feliz por encontrar uma estrutura completa, uma pista maravilhosa e ótimo público", disse Wanderley.

Para o prefeito João Rodrigues a prova também foi um bom presente para os 88 anos do município. "Temos que agradecer a presença desse povo, parabenizar o Moto Clube Chapecó pelo belo espetáculo. A prefeitura de Chapecó é parceira, está junto e estará sempre junto. É esta a nova Chapecó.", disse Rodrigues.

Disputas acirradas e limpas contagiam o público

No total foram mais de 160 inscrições. Seja pela primeira colocação ou por posições intermediárias, os duelos acirrados em todas as oito categorias não deixaram ninguém se acomodar. Cristopher Castro, o Pipo, esteve envolvido em dois deles. Na bateria da MX2, Pipo e João Marronzinho largaram na frente e se desgarraram do pelotão, travando durante 17 minutos uma das disputas mais quentes do ano. "Foi emocionante. A todo o instante eu ouvia o ronco da moto do Marron do meu lado. E bacana que foi uma disputa limpa, digna, sem enroscos", disse Pipo Castro que venceu a bateria. Marron abandonou a oito minutos do final devido a quebra do motor da sua Suzuki.


Cristopher Castro #10 e João Marronzinho Jr. #3, cat. MX2

Elton Becker reapareceu acelerando forte e deu trabalho ao piloto e presidente do Moto Clube Chapecó, Ademir Todeschini, mantendo-se a frente dele até os 12 minutos da bateria. "Olha que se eu voltar a treinar vou incomodar essa turma", brincou Elton que se dedica aos shows de freestyle. Com a quebra de Marron, Ademir herdou a posição. Mais atrás Alexandro Martins, Tiago Hort, Richard Beróis e Germano Vandressen.

Outro momento protagonizado por Pipo Castro foi a da classe MX1, que fechou a tarde, presenteando o público que não arredou o pé do circuito.

Rogério Schmidt #49 e Edson da Silva #27, cat. MX3
Pipo largou na frente, seguido pelo gaúcho Douglas Parise e Marronzinho. Ainda na primeira volta, na tentativa de superar Parise, Marronzinho escorregou numa saída de curva, caindo para a nona colocação.

Mesmo sob intensa pressão Pipo liderou até o primeiro terço de prova. Numa tracionada a mais Parise passou a frente, mas aí foi a vez do catarinense atormentar a vida do concorrente. A cada salto ou curva, estava lá Pipo tentando retomar a liderança. Nos instantes finais os dois continuaram andando próximos, porém sem o mesmo vigor. Marron, já ocupando o terceiro lugar apostou no desgaste físico dos líderes, mas o tempo não foi suficiente. Correndo com moto emprestada, Luiz Zimermann vinha na quarta colocação e parou a cinco minutos da bandeirada, por conta da quebra da corrente... Não era o seu final de semana.

Outros três duelos que persistiram por várias voltas foram entre Alexandro Martins e Todeschini, Richard e Tiago Hort, e mais atrás entre Djohny e Sandro Silveira.


Djohny Aquino #60 e Vandrigo Fabris #13, cat. Júnior

Gabriel Gentil #52 e Douglas dos Santos #8, cat. 85cc


 


Milton "Chumbinho" Becker que correu por Chapecó (Equipe Motomáquinas) no início dos anos 90 quando decolava na sua carreira como profissional, representou os competidores no momento da inauguração da nova pista. Dada a largada da MX3 Chumbinho não fez cerimônias. Assumiu a liderança na primeira curva e disparou rumo à quadriculada. Sandro Silveira, líder do certame, largou em segundo, não incomodou e não foi incomodado por ninguém, assim como fez o chapecoense Claiton Detoni, terceiro colocado. Já Rogério Schmidt tirou coelho da cartola. "Acho que foi a minha melhor prova. Show cara!" disse ele, que no início batalhou posição com Mirko dos Santos e em seguida com Edson Halley pelo quarto posto. Nas voltas finais Halley ainda chegou a recuperar a posição, mas Rogério deu o troco, confirmando a quarta colocação. Adversário comum a todos os rapazes da MX3 e da Over 40 foi o calor.

Domínio oestino

A classe júnior foi dominada pelo pessoal do Oeste. Djohny de

Douglas dos Santos, cat. 65cc

Maurício Treichel, cat. 50cc
Aquino até tentou estragar essa festa, partindo para cima de Vandrigo Fabris que mais uma vez largou na frente. Porém a sorte estava ao lado de Fabris para que ele mantivesse os 100% de aproveitamento da temporada. Na metade da prova Djohny acabou caindo e diminuiu o ritmo devido ao pneu traseiro furado. Cássio de Lima com uma Honda 125cc ficou em segundo, seguido de Emerson Moeschen e Giovani Ramos, os quatro da região. Thell Adur chegou em quinto e Djohny em sexto.

A bateria da 85cc foi embalada da primeira a última volta pelo pega entre Gabriel Gentil e Douglas dos Santos. Gabriel largou na frente, mas com o pilotinho da casa na sua sombra. Passadas as voltas Gabriel não conseguiu abrir, e Douglas ali, sendo empurrado pelo público que a cada passagem aumentava o barulho. Dada a placa da volta final o alvoroço da torcida aumentou, culminando na última curva quando na dividida Douglas levou a melhor. "A moto dele bateu em min, e o meu motor apagou. Parabéns para o Douglas, ele acelerou muito", reconheceu Gabriel que permanece liderando a categoria. Paulo Júnior largou e terminou a bateria em terceiro.

Na 65cc Douglas também venceu, sendo acompanhado apenas no início por Jorge Coronel Júnior, que primeiro errou e após acabou caindo e abandonando a bateria. Talles Hess repetiu a segunda colocação, resultado que lhe garante a vice-liderança do certame. Gustavo Treichel fechou a bateria em terceiro, a frente de Venício Voigt, Tauan Brenner e Rafael Sofiat.

Na 50cc a surpresa foi de Maurício Treichel que largou na frente e abriu dos líderes da categoria Rodrigo Riffel e Tauan Brener. Com a pista aberta o piloto da casa, assim como boa parte dos pilotos, lacrava o acelerador no fundo nas grandes retas do traçado que totalizou 1.750 metros. Consagração de um, decepção para outro. Na última volta Rodrigo também foi vítima de uma quebra mecânica e não completou a bateria. Tauan terminou em segundo, Leonardo Neto em terceiro. Caio Gunz, Caiuri Sevegnani e Gustavo Fernandes fecharam os seis primeiros lugares.

A classe nacional largou com o gate praticamente cheio - 38 motos - foi dominada pelos gaúchos Vanderlei da Silva e Matias Wisniewski. Os catarinenses Eduardo Appel e Ivan Sardagna terminaram na terceira e quarta colocações. Juliano Spier em quinto, o melhor dentre

Vanderlei da Silva, cat. Nacional

Eduardo Appel, cat. Nacional
os pilotos da região Oeste.

A próxima etapa do Riffel Motocross, 6ª da temporada, acontece nos dias 17 e 18 de setembro em Tubarão.

Resultado completo da etapa

Classificação do campeonato

Galeria de fotos e entrevista da 5ª etapa do Riffel Motocross 2005


 
 
 
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