Federação Catarinense de Motociclismo

Duelos emocionantes marcam a primeira edição
do Brasileiro de Velocross em SC
Texto e fotos: Gerson Coas - Reportagem FCM

O público compareceu em peso para acompanhar a etapa de São Bento do Sul

Élcio, Chumbo e ao fundo os integrantes da FCM, do SBTC e da equipe Veloferas

Luiz Zimermann (76) e Leandro (4), VX2

Stédile (88) e Leandro (4), VX1

Rafael Faria, VX1

Nasri Sarkiss, VX3

Lui André Fietz, nacional A

Jorge Henrique da Fonseca, TTR230

Maicon Kraemer, nacional B

Luis Felipe Fietz, júnior

Igor Farias, 55cc

Brayan (20) e Lucas (11) na 65cc

Sebastião Silva, 65cc

Edinilson Batista, street

A quarta etapa do Brasileiro de Velocross e a sexta etapa do Campeonato Catarinense agitaram o Motódromo Veloferas, em São Bento do Sul – SC, durante o final de semana, 27 e 28 de setembro. No total foram feitas 226 inscrições. Talvez esse número só não foi maior por conta da chuva que caía forte em diversas regiões do Estado. Em São Bento apenas pancadas esparsas, intercaladas com momentos de sol. Até parecia que foi acertado para que a chuva ajudasse na irrigação da pista!

Essa foi a terceira prova realizada no local. Antes só uma promocional e outra prova regional. Feita a solenidade de abertura que contou com a presença dos integrantes do São Bento Trail Clube, da equipe Veloferas, dos comissários da CBM e FCM, do piloto Milton “Chumbinho” Becker e do ex-piloto de velocross Élcio Munhoz que foi homenageado pelos companheiros da cidade, foi dado o início das baterias.

E com gate cheio em quase todas as categorias, não faltaram duelos emocionantes. As duas categorias principais, VX1 e VX2, também foram as que apresentaram as brigas mais acirradas. E quem ganhou foi o público que compareceu em peso nas dependências do motódromo.

As baterias em São Bento

Na VX2 Luiz Henrique Zimermann largou na frente e manteve o posto por 12 das 15 voltas da corrida, quando depois de muita insistência foi superado pelo também catarinense Leandro Lemos, que antes, porém, precisou passar Marcelo Maziero e em seguida se livrar da pressão do paranaense Paulo Stédile.

Na quadriculada Leandro em primeiro, seguido de Zimermann, Stédile – os três separados por menos de um segundo – e do piloto local Lui André Fietz. O paranaense Rafael Faria, líder do certame, largou em décimo e com problemas na moto não conseguiu o seu ritmo habitual, mas chegou ao pódio com a quinta colocação.

Ao subir na moto de 450cc e alinhar para a categoria VX1 Rafael largou na frente e disparou rumo a quadriculada, vencendo com 12 segundos de vantagem. “Numa corrida como essa uma boa largada é 50%. Consegui sair na frente e com a pista limpa abri vantagem e depois administrei. Saio de São Bento muito feliz, pois mantenho a liderança da da categoria e tenho chances de conquistar o título”, disse Rafael.

Entretanto foi com a disputa pela segunda colocação que o público mais vibrou. Leandro largou em segundo, seguido de Stédile, Zimermann e Milton Jonathas Hobus.

Stédile logo se aproximou do vice-líder e dali em diante os dois protagonizaram o melhor pega da tarde. No trecho mais travado da pista o paranaense guiando uma Yamaha 250cc se jogava nas curvas pelo lado mais externo sem tirar a mão, atacando as paredes ou mesmo as canaletas, enquanto o catarinense com uma Honda 450cc levava vantagem nas retas. Se por alguns instantes perdia a posição, Leandro entrava de mão cheia no retão e tratava de recuperar o segundo lugar.

A definição só foi dada na volta final, justamente no trecho em que Stédile levava vantagem. Numa das curvas em que eles já faziam o traçado interno, o paranaense colocou a moto ainda mais por dentro e tomou a preferência na retomada da aceleração. E na ânsia de recuperar, Leandro deixou a moto desgarrar na saída da curva seguinte, perdendo o contato necessário para uma tentativa de dar o troco.

“Na metade da bateria em diante senti que eu poderia passar. Comecei a andar mais solto, nos traçados certos e no final deu certo. Sentir que o público estava torcendo por mim, mesmo eu sendo um paranaense contra um piloto catarinense é uma emoção e tanto. Acho que isso vale mais que uma vitória até”, relatou Stédile.

Zimermann em quarto e Luciano de Oliveira em quinto completaram o pódio.

Na VX3 Sarkiss largou na frente com Sandro da Rosa e Braz dos Santos logo atrás. Braz passou a pressionar Sandro, conseguindo supera-lo na terceira volta. E com duelo desses dois que durou a bateria inteira Sarkiss aproveitou para abrir. Com a pista livre e sem pressão dos concorrentes o paranaense pode buscar as melhores linhas e distanciou ainda mais, seguindo rumo a vitória para vencer com 13” de vantagem para o segundo colocado Braz dos Santos, que levou a melhor por menos de 0,5”

Adenir da Veiga largou e terminou a bateria na quarta colocação, seguido de Williams Hendrikx.

Para Sarkiss a vitória foi importante para consolidar a sua liderança do campeonato. “Graças a Deus deu tudo certo aqui, apesar de eu não ter feito um bom treino cronometrado. Eu achei um bom traçado durante a corrida, venci mais essa etapa e me isolo na liderança com boas chances de ser campeão da VX3 Brasileiro”, disse o paranaense. Quanto à bateria Sarkiss admitiu que, apesar da vantagem no final, não foi uma corrida fácil. “A bateria foi bem difícil. Nessa prova estavam os pilotos de Santa Catarina, que andam muito rápido, o Brás, o pessoal do Rio Grande do Sul. A pista estava gradeada, meio pesada, mas eu tive uma boa largada, que ajudou bastante. O nível está alto e eu estou feliz por ter vencido mais uma”, concluiu.

O piloto César Cernach venceu a classe VX3 nacional liderando de ponta a ponta, sempre seguido de João Francener. Celmo Dzickanski ficou em terceiro.

A festa dos pilotos da casa aconteceu na Nacional A que teve como campeão Lui André Fietz ao comandar toda a bateria. “Consegui largar bem, larguei na primeira colocação e o meu concorrente (Jorge da Fonseca) também é de São Bento do Sul, então a gente fez uma dobradinha por São Bento. Ele veio pressionando até os 10 minutos. Eu consegui podar os retardatários o mais rápido possível e ele demorou um pouco, e aí eu abri uma vantagem e no final foi só administrar”, relatou o vencedor.

Em terceiro ficou Volkmar Berchtold, seguido de Oscar Honorato Bueno e Luís Felipe Fietz, posições que foram definidas já na segunda das 15 voltas da bateria.

Pela classe TTR230 que largou juntamente com os pilotos da Nacional A, quem levou a melhor foi Jorge Henrique da Fonseca. Luiz Felipe ficou em segundo e Vinicius Kopp em terceiro.

Dentre as 30 motos que alinharam para a largada da classe nacional B, foi a Yamaha 2T pilotada pelo catarinense Maicon Kraemer que pulou na frente. E dali em diante ele só abriu, marcando também a volta mais rápida da classe com o tempo de 1`06”773. “As motos com motor de 2T ainda tem chance. Mas eu consegui ter uma ótima largada. A 2T numa pista assim travada, é pior. Ela não traciona tanto, mas estamos provando que ela ainda tem chance de ganhar muitas corridas. Estamos bem esse ano. Só na primeira etapa do Brasileiro que quebrou a moto. Estamos fazendo um campeonato de recuperação e queremos chegar até o final ainda na frente”, concluiu Kraemer.

Em segundo na bateria terminou o também piloto da casa Jacson Keil, com Eduardo Leodet em terceiro. Embora Jacson esperasse a vitória, esse resultado não o chateou tanto, pois na bateria da classe nacional 250cc ele abandonou com o motor quebrado. “Agora eu não consegui uma boa largada, mas está valendo. Problema mesmo foi na bateria da 250cc que eu parei com o pistão derretido. Eu estava rápido e sentia que poderia passar novamente o Leandro na parte da seqüência de curvas. Pena...” disse ele, referindo a bateria válida somente pelo catarinense, a classe nacional 250cc.

Nela Keil partiu na frente, foi superado por Leandro e logo abandonou. Para Leandro, só restou comemorar. “Eu queria agradecer ao meu pai, ao meu mecânico Toninho, que não mediram esforços. Ao Nenê Motos que vem dando um apoio pra gente. Queria agradecer a esse publico maravilhoso que veio”.

 Na categoria júnior os melhores momentos foram proporcionados por Luís Felipe Fietz e por Paulo Krutzsch Júnior. Paulo comandou a bateria até a oitava passagem, porém começou a ter problemas com a moto. Ficou sem freio dianteiro por conta da perda da braçadeira do manicoto e também não conseguia trocar as marchas. Luís Felipe aproveitou, passou o concorrente e comemorou a vitória. Paulo Júnior ainda conseguiu o segundo lugar.

Na 55cc Igor Farias largou em primeiro e manteve a posição durante todo o percurso, conseguindo o primeiro lugar. João Gabriel da Veiga perdeu a segunda colocação na última volta para Mayron Boelling.

Lucas Gadotti começou comandando a 65cc, seguido de perto por José Brayan. Brayan passou a atacar e na quarta volta assumiu a dianteira. Forçando o ritmo, Brayan conseguiu a melhor volta da bateria na sexta volta. Porém, foi só faze-la que ele caiu, perdendo preciosos segundos e terminando a corrida na quarta posição. Crescendo durante a bateria, apareceu Sebastião da Silva Junior, que na última volta ultrapassou Lucas, conseguindo o primeiro lugar. Lucas ficou em segundo, e Thiago Winiarski, que vinha seguindo o ritmo de Sebastião, ficou em terceiro.

Na street Edinilson Batista liderou de ponta a ponta. “Eu tive muita sorte. Larguei na frente, já fui o primeiro a cair no traçado e peguei a pista livre.”, disse o piloto, que completou. “A bateria foi muito importante pra mim, pois estava junto com um Brasileiro. Tem bons pilotos aí como o Gilson Araújo, o Márcio Roberto Rover. Foi uma disputa bem acirrada, mas graças a Deus, eu ganhei a corrida”, concluiu.

 Gilson e Rover também mantiveram suas posições durante todo o percurso e conseguiram o segundo e terceiro lugar, respectivamente.

 Pela categoria Lander, que largou junto com a nacional B, somente três pilotos se prontificaram a participar da etapa. Entretanto, por questões técnicas, o resultado ainda não foi homologado.

 A quarta etapa do Brasileiro de Velocross em conjunto com a sexta etapa do Campeonato Catarinense foi uma realização do São Bento Trail Clube e equipe Veloferas, com a supervisão da Federação Catarinense e Confederação Brasileira de Motociclismo. O patrocínio é da Yamaha, Riffel, H-Parts e Bentauto Motos.

Confira os pódios do Brasileiro e Catarinense em São Bento do Sul:

Categoria VX1
1º) Rafael Faria
2º) Paulo Cesar Stedile
3º) Leandro Matos Lemos
4º) Luiz Henrique Zimmermann
5º) Luciano de Oliveira

Categoria VX2
1º) Leandro Matos Lemos
2º) Luiz Henrique Zimmermann
3º) Paulo Cesar Stedile
4º) Lui André Fietz
5º) Rafael Faria

Categoria 65cc
1º) Sebastiao da Silva Junior
2º) Lucas Agostini Gadotti
3º) Thiago Winiarski
4º) José Brayan
5º) Leonardo de Souza

Categoria 50cc
1º) Igor Matte Farias
2º) Mayron Boelling da Silva
3º) Joao Gabriel da Veiga
4º) Pedro Bittencourt Barboza
5º) Jaffar Soueid

Categoria VX3
1º) Nasri Weinhardt Sarkiss
2º) Braz dos Santos
3º) Sandro Botelho Silveira da Rosa
4º) Adenir da Veiga
5º) Williams Vidal Hendrikx

Categoria VX3 Nacional
1º) Cesar Cernach
2º) Joao Silverio Francener
3º) Celmo Dzickanski
4º) Ademar Werner Boettcher
5º) Amaro Lenfers

Categoria Nacional até 250cc 4T
1º) Leandro Matos Lemos
2º) Giovanni Adriano
3º) Eduardo Leodet
4º) Marcos Dario da Cruz Wudarski
5º) Douglas Galkowski

Categoria Júnior
1º) Luís Felipe Fietz
2º) Paulo Krutzsch Jr
3º) Jonata Eccel
4º) Leandro Stocloska Quilante
5º) João Paulo Fonseca

Categoria Street Standart
1º) Edinilson Batista
2º) Gilson Luis de Araujo
3º) Marcio Roberto Rover
4º) Ederson Ballatka
5º) Vanderlei Lemes

Categoria Nacional A
1º) Lui André Fietz
2º) Jorge Henrique da Fonseca
3º) Volkmar Berchtold
4º) Oscar Honorato Bueno
5º) Luís Felipe Fietz

Categoria Nacional B
1º) Maicon Júnior Kraemer
2º) Jacson Keil
3º) Eduardo Leodet
4º) Douglas Galkowski
5º) Wyllyn Richard Alves

Categoria TTR230
1º) Jorge Henrique da Fonseca
2º) Luís Felipe Fietz
3º) Vinicius Kopp
4º) João Carlos Gruber

 


 
 
 
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